sábado, 30 de janeiro de 2010

VIA LÁCTEA

UM PEQUENO PASSEIO PELA NOSSA CIDADE... A VIA LÁCTEA!
Vista da Terra, a Via Láctea é apenas uma pequena nuvem de poeira que se espalha pelo céu nocturno. Esta faixa de luz, é uma pequena parte da nossa "cidade". Quando observamos a nossa galáxia, a olho nú, a partir do nosso planeta, vemo-la de lado. E apenas vemos, parte de um braço espiralado. Vista de cima, a Via Láctea assume a forma de um disco com braços em espiral.
Calcula-se que só nesta galáxia possam existir até 400 biliões de estrelas. O nosso Sol, é apenas mais um nesta vasta família. A sua localização fica a 2/3 do centro galáctico. A nossa estrela efectua uma órbita completa a cada 225 milhões de anos. A uma velocidade de 250 km/s.
Tal como numa cidade, é no centro que a Via Láctea brilha mais, encoberto por gases e poeiras fervilhando em energia. Nós estamos a 30 mil anos luz desse centro e temos uma estrela comum, conhecida como estrela de meia idade, com tamanho médio que queima lentamente o seu stock de hidrogénio e o transforma em hélio, através da chamada fusão termonuclear.
Para termos uma ideia de distância, a luz reflectida pelo Sol, demora cerca de 8 minutos a chegar ao nosso planeta. A luz da estrela mais próxima da nossa a Próxima Centauro, leva 4 anos e 3 meses a chegar até nós (4,25 anos luz). O diâmetro da Via Láctea é de 100 mil anos luz e a sua espessura média é de 20 a 30 anos luz. E por sua vez a galáxia mais perto da nossa (Andrómeda) fica a cerca de 2 milhões e 900 mil anos luz.
Se entrássemos pelo Espaço a dentro, a uma velocidade astronomicamente, superior à da luz, veríamos que a constelação de Orion perderia a sua forma inicial, pois as suas estrelas estão separadas por algumas centenas de anos luz. E esta constelação é só para dar um exemplo, pois passar-se-ia o mesmo com qualquer outra. Embora a distância das estrelas, varie, de constelação para constelação. As Plêiades estão a 380 anos luz mas na imensidão da nossa "cidade" (Via Láctea) ainda estamos perto do nosso "bairro" (Sistema Solar). Estas estrelas são tão jovens que ainda estão envoltas nos seus casulos, compostos por gás e poeira.
Mais perto ainda, estão as Yeides. Igualmente jovens mas, mais fracas e antigas. Elas distam de nós 150 anos luz. Vista da Terra, sem qualquer meio adicional, a Alfa Barram, parece fazer parte deste grupo de estrelas. Mas na realidade, esta gigante laranja, está a menos de metade da distância, em relação, às restantes estrelas que fazem parte desta constelação.
Sírio, a estrela mais brilhante, no céu nocturno, está a 9 anos luz. Ela faz parte da Cão Maior.
Duas mil vezes mais fraca que o Sol, temos uma anã vermelha que será o nosso companheiro galáctico daqui a 10 mil anos. O seu nome é Barnã.
Localizados na nebulosa da Águia, estão os Pilares da Criação, a 7 mil anos luz de nós. Foram observados pela primeira vez, em 1995 pelo telescópio espacial Hubble. Como o nome sugere, este local é o berçário das estrelas, é aqui que elas nascem. Os Pilares da Criação são nebulosas de emissão. Nuvens com centenas de anos luz de altura que são feitas de hidrogénio luminoso com veios de poeira escura. As estrelas começam a formar-se onde haja maior concentração de matéria. Apesar de ser uma das mais belas imagens que temos de uma parte do Universo e da nossa galáxia, o nascimento das estrelas é algo extremamente violento.
Paradoxalmente, estrelas maiores e maciças, com mais combustível para gastar, duram menos tempo que estrelas menores e com menos combustível. Estrelas como a nossa podem queimar o hidrogénio por uns longos 10 biliões de anos. Depois disso, o Sol ainda tem um longo caminho a percorrer, até morrer. Contudo, o seu processo de envelhecimento começará a notar-se, a partir daqui. Ao contrário, as estrelas maiores devoram ferozmente todo o seu hidrogénio, transformando-se numa super gigante vermelha, aumentando em centenas de vezes o seu tamanho original. Um bom exemplo é Antares. Esta estrela é tão grande e difusa que se esvai no Espaço. Envolta numa nuvem da sua própria matéria, provoca uma nebulosa de reflexão. Este tipo de estrela, muito mais volumosa que o Sol, dilata-se, à medida que o seu hidrogénio se esgota. Passam a consumir hélio e outros elementos e continuam sempre a crescer mas vão perdendo o equilíbrio, até que um dia, a mesma força que a criou, irá destruí-la.
A 700 anos luz da terra, está a nebulosa Hélix. A anã branca que está no seu centro, absorve energia e matéria de uma outra estrela próxima. Quando a matéria absorvida atinge uma massa crítica ela explode. Ambas as estrelas sobrevivem. E o processo repete-se. A nebulosa Hélix encontra-se na constelação do Aquário.
Nos arredores da Caranguejo, sobrevive um pulsar. Ele cintila duas vezes por cada segundo. Esta estranha e rara forma cósmica é uma relíquia extremamente densa que tem à sua volta um disco de gases estelares com jactos polares.
As elegantes nuvens do Lago do Cisne são outro vestígio de supernova. Para provocar tal evento, uma estrela necessita, oito vezes mais massa doque o Sol. Só as super estrelas chegam a supernovas.
Com cem vezes a massa da nossa estrela, a Etna Carinae, pode ser a próxima a explodir. Quando isso acontecer, o núcleo sofrerá um colapso para lá da fase do pulsar. Será tão denso que formará um buraco negro. E nada escapará ao seu terrível campo gravictacional. Nem mesmo, a própria luz.
A Via Láctea faz parte do grupo local. É uma galáxia semelhante a tantas outras espalhadas pelo Universo, onde o nascimento, a Vida e a morte de estrelas, foram os factores essenciais da nossa própria existência!

domingo, 24 de janeiro de 2010

5 BILIÕES DE ANOS DE EVOLUÇÃO MOLECULAR

Quem Somos? De Onde Viémos? Para onde Vamos?
Desde que nos conhecemos como espécie pensante que colocamos a nós mesmos, estas três questões fundamentais. E elas são colocadas tanto ao nível individual e pessoal, como ao nível do mesmo individuo, fazendo parte de um todo. Nós viémos das estrelas e voltaremos, um dia, para as estrelas! Tudo isto pode parecer muito subjectivo, mas se pegarmos na tabela periódica, onde estão os elementos que compõem a química do nosso planeta chegamos à conclusão que tudo veio das estrelas, e não necessariamente do Sol mas sim de estrelas que já morreram e que através das suas explosões, as chamadas supernovas, fizeram com que a sua matéria, se espalhasse pelo Cosmos. Essa matéria, em forma de cometas, colidiu por sua vez, com outros astros que por sua vez permitiu a existência de ambientes satisfatórios para haver Vida. Por isso eu digo que a mais insgnficante pedra, até o mais sofisticado dos computadores, estão hoje presentes no nosso planeta graças às estrelas.
É certo e sabido que a Vida na Terra depende também de outros factores, tais como, a sua distância em relação ao Sol, a existência de água em estado líquido, a atmosfera que não é demasiado pesada, nem demasiado leve, o período de rotação do planeta, o seu forte campo magnético, a presença da Lua que faz com que a Terra gire em volta de si mesma sem grandes deambulações... Tudo isto combinado com a estrutura geral do sistema Solar onde todos os astros permitem, neste momento, a existência de uma biologia que permite por sua vez a existência de Vida inteligente! E como apareceu a Vida na terra? Será que foi ao nível bacteorológico? Ao nível celular? Não! A Vida neste planeta apareceu a um nível, bem mais pequeno e simples, ao nível molecular...
Sabemos hoje, através de registos fósseis, que a Vida na Terra começou logo após a condensação dos seus gases estelares. Vida essa que apareceu nas águas das crateras que formaram os primeiros lagos. Nesses primitivos dias, os raios de sol penetravam na atmosfera e decompunham moléculas ricas em hidrogénio. Os fragmentos dessas moléculas recombinavam-se noutras ainda mais complexas.
O resultado, dessa química inicial foi dissolvido nesses lagos acima mencionados, formando uma sopa orgânica que há medida que o tempo avançava, tornou-se cada vez mais complexa. Até que um dia houve uma molécula que conseguiu produzir cópias imperfeitas de si mesma. O ancestral ADN que eu acredito que tenha dado origem a todos os seres vivos da Terra.
Há aproximadamente 4,5 biliões de anos, essa molécula competia pelos blocos de construção molecular, onde depositavam as tais cópias imperfeitas. Ainda não havia presa nem predador, ou parasita e hospedeiro mas pode-se dizer que já havia Vida!
Com a reprodução, mutação e selecção natural, a evolução para moléculas vivas foi inevitável. E assim várias moléculas com o mesmo tipo de função juntaram-se e deram origem à primeira célula.
Com o tempo a sopa orgânica extinguiu-se a si mesma dando lugar a plantas unicelulares que já podiam absorver a luz ultra violeta para fazerem os seus próprios blocos. A partir daqui, vários seres unicelulares juntaram-se e formaram o primeiro ser multicelular. Os micróbios são desse tempo. Estes seres já não conseguiam fazer cópias imperfeitas de si mesmo, e como tal, desenvolveram um instinto reprodutor e inventaram o sexo.
Por esta altura já havia uma quantidade de plantas que deixaram as águas verdes. E essas plantas libertaram para atmosfera grandes quantidades de oxigénio e nitrogénio (azoto). Desta forma estavam reunidas as condições para haver uma enorme proliferação de animais e plantas, tanto na terra como na água. Deu-se a Explosão Cambriana.
Desde a condensação de gases até este evento, passaram-se 4 biliões de anos. E durante todo este tempo, a Vida na Terra não foi além de algas que flutuavam na água. O que me leva a pensar que neste Universo pode haver as mais variadas formas de Vida, mais ou menos complexas e em constante evolução mas que mesmo assim, a evolução para a inteligência será comparativamente rara.
Com a explosão cambriana, os seres vivos para além de se terem de adaptar ao meio ambiente, também tiveram de se adaptar nesse mesmo habitat, com outros seres.
Estranhas e bizarras formas de Vida apareceram nos oceanos, juntamente, com os trilobites, anelídeos, moluscos, equinodermos e outras espécies existentes hoje em dia.
Os cientistas ainda não sabem classificar várias espécies desse tempo. Um bom exemplo disso é a Hallucigenia. Esta criatura possuia sete pares de espinhos numa face e sete tentáculos terminando em vigorosas pinças na outra. Com um prolongamento em forma de tubo numa extremidade e uma forma mais espessa na outra. Para além dos cientistas não conseguirem classificar este ser, não conseguem saber qual é a parte de trás e da frente e a parte de cima e debaixo. Estima-se que 85% das espécies foram extintas ainda durante este periodo. As restantes conseguiram adaptar-se às condições existentes e prosseguiram o seu processo evolucionário. E uma parte desse ramo foi o nosso ancestral que deu origem aos seres humanos.
As plantas levaram centenas de milhões de anos de evolução para conseguirem absorver o dióxido de carbono e libertarem o oxigénio e também produzirem o seu próprio alimento, através da fotossíntese. Mas nós não evoluímos a partir deste ramo. O ADN também deu origem ao reino animal. Os primeiros seres a fazerem parte dele foram as bactérias. Só que estas, levaram mais de 1 bilião de anos para conseguirem absorver o oxigénio que era expelido pelas plantas.
De um núcleo , formou-se uma célula com núcleo dentro da mesma. Algumas formas dessa Vida deram, finalmente, origem às primeiras plantas. Outras produziram colónias com células exteriores e interiores. Realizando operações diferentes. Estes seres viveram presos ao fundo do mar e filtravam a sua comida. Desenvolveram mais tarde, tentáculos que permitiam dirigir a comida na direcção de uma boca muito primitiva. Estes nossos ancestrais também desenvolveram peles espinhosas, e alguns deles já possuiam orgãos internos.
Há 550 milhões de anos, alguns desses seres, filtradores de alimento, desenvolveram fendas branquiais que deram a possibilidade, de absorver os alimentos da água em melhores condições. E mais tarde deram origem a seres que conseguiam nadar, ainda que fosse apenas, na sua fase larvar. Quando adultos fixavam-se firmemente pelo leito oceânico. Alguns desses seres tinham uma forma cilíndrica e oca. Outros não saíram da sua fase larvar mas continuaram a evoluir por um outro ramo. Desenvolveram uma pequena cauda e tornaram-se exímios nadadores, com vestígios de uma espinha dorsal.
Há 500 milhões de anos os peixes desenvolveram olhos, maxilares e guelras. E com estas já podiam absorver o oxigénio da água. Estavam criados os peixes contemporâneos.
Pelas mais variadas razões mas sendo a seca a principal, certos peixes sentiram necessidade de desenvolver um orgão que permitisse respirar fora de água. E não só desenvolveram pulmões, como também, membros que lhes permitiam andar em terra firme. E os seus cérebros iam ficando maiores.
Os primeiros anfíbios ainda possuiam cauda de peixe. Os seres desse tempo e os de hoje, desovavam na água. Sendo estes ovos presas fáceis. Com o tempo, estas criaturas conseguiram por ovos de casca dura em terra firme. A tartarugas e os primeiros répteis são desses dias.
Muitos desses répteis, nascidos em terra nunca mais voltaram a água. Alguns deles deram origem aos dinossauros. Estes seres, viveram e prosperaram durante 225 milhões de anos. No entanto, há 65 milhões de anos desapareceram subitamente da fase deste planeta, restando apenas, um pequeno braço evolucionário que deu origem às aves.
Entretanto, os percursores dos dinossauros também evoluiram em diferentes ramificações. Seres vivos pequenos e ágeis que desenvolviam os seus fectos dentro do próprio ventre materno. As crias, nasciam muito frágeis e eram bastante imaturas quando comparadas com os répteis. Tal como hoje, os marsopiais e mamíferos tiveram de aprender a sobreviver desde a infância. E de geração em geração, foram acumulando experiências, ficando cada vez mais inteligentes à medida que o seus cérebros iam ficando maiores.
Dentro da classe dos mamíferos, houve uma espécie que desenvolveu uma visão estereoscópica, um cérebro maior, e uma enorme destreza. Para além de uma enorme curiosidade pelo meio circundante. E dentro dessa espécie, alguns deles tornaram-se babuínos. Mas nós não pertencemos a esta linhagem.
Osso por osso, músculo por músculo, molécula por molécula, não há diferença significativa, entre seres humanos e macacos. Por isso é muito provável que haja um ancestral comum. E recente. Esse nosso antepassado, foi deixando aos poucos de andar sobre as quatro patas. Lentamente começaram a deslocar-se só com os membros posteriores. Libertando assim os membros dianteiros para outras funções. E o ajustamento do pulgar foi uma importante adaptação para a evolução da espécie humana.
Ficámos mais inteligentes e foram desenvolvidas as cordas vocais. Com estas começámos a falar. E isto permitiu que a comunicação fosse realizada em melhores condições.
Várias espécies da própria família humana extinguiram-se, nos últimos milhões de anos. Nós com os nossos cérebros e as nossas mãos permanecemos. Somos hoje, sem dúvida alguma, a espécie dominante no nosso planeta. Mas isso, não devia de ser para nós um motivo de orgulho, mas sim de responsabilidade acrescida. Pois o mesmo ramo que nos deu origem está agora, a influenciar todos os outros ramos nesta árvore com cerca de 5 biliões de anos...

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