domingo, 21 de fevereiro de 2010

Entre a Fé e a Dúvida

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A Vida neste planeta é tão complexa que muitos acham que tudo o que vemos tem a assinatura de um criador. A assinatura de Deus. Outros acham que essa mesma Vida não necessita do Criador porque a Vida evolui através da selecção natural. Ambos apresentam argumentos bastante fortes e credíveis. Embora aqueles que defendem a Criação têm por base a Fé, os que defendem a evolução têm por base a dúvida. Para que a teoria da evolução esteja correcta, temos de analisar os fundamentos essenciais: a Vida é muito antiga. Todos os seres vivos descendem de um antepassado comum. E toda a Vida é impulsionada pela selecção natural.
De facto, a Vida é bastante antiga. Pode-se dizer que ela começou ao nível simples e pequeno. O nível molecular. Mas mesmo a Vida propriamente dita, aquela que nos é mostrada pelos primeiros seres unicelulares também é datada de 1 bilião de anos atrás. E todos eles descendem da molécula do ADN. Essas criaturas desenvolveram-se e criaram novas espécies, melhor adaptadas ao mundo envolvente. Sendo que, e como acontece hoje, os animais e plantas que fazem parte das mais variadas espécies, morrem jovens sem que se consigam reproduzir. Assim sendo, aqueles que conseguem reproduzir-se, passam os seus génes que são copiados com pequenos erros, através das enzimas. Esses erros são chamados de mutações genéticas. Essa cópia é recombinada numa nova espiral de ADN. Sendo passada desta forma, uma nova informação genética. Foi através destas passagens de informação que os peixes ganharam membros, e os répteis ganharam asas. E tudo isto está devidamente documentado através dos registos fósseis e de experiências científicas.
Quando Charles Darwin publicou o seu livro "As Origens das Espécies" não podia afirmar de modo categórico que estava certo. Acredito que ele também tivesse muitas dúvidas naquilo que estava a descobrir. Pois Darwin também era um homem que acreditava em Deus, ou não fosse ele mestrado em teologia. Com o passar do tempo, a sua teoria foi ganhando mais fundamentos até que decidiu publicá-la. Parto do príncipio que ao tornar pública a sua teoria ele também confiou na Fé, pois a sua teoria só foi devidamente comprovada no início deste século, com a descoberta de fósseis que fizeram a transição entre peixes e reptéis, e reptéis e aves. Portanto não acho nada estranho que a dúvida e a Fé andem de mãos dadas.
Um outro bom exemplo de Fé na ciência, senão o maior (do meu ponto de vista) é-nos mostrado por Albert Einstein. Ao públicar, em 1905 a sua teoria da relatividade restrita, Einstein deu-nos a conhecer uma nova forma para vermos a Física. Ao afirmar matematicamente, pela famosa equação E=mc2 que energia e matéria, são as duas faces da mesma moeda, ele revolucionou por completo o mundo da ciência. E essa equação tanto pode ser de criação como de destruição. Tanto pode dar para fazer o Bem, como o mal. Ele deu-nos uma nova percepção para vermos o tempo e o espaço. Antes de Einstein pensava-se que a velocidade do tempo era sempre a mesma. O que ele mostrou pela sua teoria foi que o tempo torna-se mais lento quanto maior for a velocidade de um objecto. Em 1915 deu-nos a conhecer um Universo previsível, onde o tecido do espaço e tempo se curvam provocando a gravidade. Provou desta forma que o Universo plano definido por Isaac Newton estava errado mas que mesmo assim, as suas leis continuavam válidas dentro deste planeta.
Ironicamente, estas suas teorias também deram origem a um novo tipo de Física. A mecânica quântica. Esta Física não ia contra as suas próprias teorias, mas sim, contra as suas convicções pessoais. Pode parecer estranho mas ao nível subatómico não há previsões de onde as partículas que compõem os átomos, possam estar num determinado momento. Mais estranho ainda é verificado quando existe um observador... Por tudo isto, e não querendo aprofundar este tema, quem estuda esta ciência recorre-se das probabilidades. E foi a combater a mecânica quântica que Einstein passou os seus últimos trinta anos de Vida. Até ao seu último dia, até ao seu último suspiro. Tentou através da força que faz unir os átomos, o electromagnetismo, elaborar uma teoria que unificasse estes dois Universos: o galático e o subatómico. Publicou a sua teoria em 1929 à qual lhe deu o nome de "teoria de tudo". Só que esta sua teoria ia contra a sua teoria da relatividade. Descobriu, ele mesmo que estava errado mas nunca desistiu de criar uma teoria que fosse válida. E que fosse previsivel nos dois Universos acima mencionados.
Acredito, tal como a grande maioria das pessoas, que a figura de Deus concebida por Einstein, fosse de um Ser que criou tudo de forma previsivel para que nós conseguissemos ler a Sua mente. Por essa razão, ele não aceitava a mecânica quântica devido à sua impervisibilide.
Hoje em dia, a teoria que melhor se encaixa, para descrever o Universo cosmológico e o subatómico é a teoria das cordas. Com as suas formulas conclusivas, esta teoria que está muito bem estruturada a nível da matemática, vem atraindo cada vez mais cientistas.
Se conseguissemos observar a menor parte da matéria que compõem os átomos, encontrariamos pequenas cordas de energia que vibram para formar todo o tipo de matéria existente no Universo. Tal como as cordas de um violino que vibram para formar os diferentes tipos de som, assim vibram essas cordas de energia, para formarem objectos e forças. Esta teoria também nos diz que se pegassemos numa pequeníssima parte do Universo, descobririamos dimensões ocultas que a nossa percepção não consegue observar. Sendo essas dimensões que controlam o modo de como as forças elementares actuam, controlam ainda as propriedades da matéria e energia, e que fazem vibrar as referidas cordas, cada uma, de jeitos diferentes.
A teoria das cordas já teve cinco versões diferentes, cada uma das quais com as suas formas próprias e ideias. Edward Witten mostrou a solução e não só unificou essa teoria como talvez tenha unificado a teoria das cordas com a teoria da relatividade. Witten deu o nome de a teoria M, conseguindo assim unificar o tempo e espaço da mecânica quântica com o Uninerso relativista de Einstein. A teoria M revelou-nos um Universo ainda mais estranho com branas, sparticles, e os famosos Universos paralelos. E ainda, a partícula mensageira da força da gravidade: o gráviton. Esta partícula ainda não foi descoberta. Crê-se que será possivel descobri-la com os novos acelaradores de partículas. Se conseguirem colidir certeiramente dois átomos de hidrogénio puro essa pequena partícula, poderá ser fotografada e a teoria das cordas poder-se-á transformar na teoria de tudo.
O meio científico acha que há uma enorme coincidência deste planeta ter desenvolvido Vida inteligente que está em constante desenvolvimento consciente. Essa coincidência é da ordem da probabilidade supra mencionada. Era como se eu achasse, todas as semanas, o bilhete premiado do Euromilhões, durante os próximos 120 anos. Por tudo isto, eu digo, que não pode haver ciência se não tivermos Fé, nem que seja apenas em nós mesmos. E não é possivel haver Fé se não tivermos dúvidas. Até mesmo em Deus!

SEQUÊNCIA PROVÁVEL DA EVOLUÇÃO DA ESPÉCIE HUMANA

Processo de Hominização Ao apresentar o conceito de que todas as espécies se desenvolveram num lento processo de selecção natural, Charles Darwin, criou as bases da teoria da evolução. Os membros das espécies jovens lutam pela sobrevivência constantemente. Os mais fortes e adaptados sobrevivem e deixam descendentes e transmitem aos mesmos, atraves da hereditariedade, melhores condições para a sobrevivência da geração seguinte. Assim sendo, nós humanos, não somos expecção. Também descendemos das mais variadas espécies que foram sobrevivendo e evoluindo. Neste planeta existem biliões de espécies diferentes, sendo que algumas delas são-nos mais próximas doque outras. Compartilhamos cerca de 40% do nosso material genético com as minhocas, com 60%, como galinhas, 80% com os ratos, e com os grandes símios por cento quase cem. O património genético é identico.
Os símios são os nossos parentes mais próximos. Observando os dias de hoje, podemos pensar que somos completamente diferentes. Nós estamos a dar os primeiros passos na exploração do Espaço e os símios continuam nas árvores. Mas será que há assim tanta diferença entre nós e macacos. Os símios, são capazes de construir ferramentas e reconhecem-se a eles mesmos, conseguem perceber palavras da linguagem humana, têm memóra instantânea superior à nossa, e possuem uma linguagem com vocabulário próprio para comunicar.
Muito antes da descoberta do ADN, já sabiamos que os macacos eram bastante parecidos connosco. Entre eles, temos o orangutango. Eles partilham com os seres humanos 96,4% do seu ADN. Temos também o gorila que apesar de possuirem um aspecto rude e violento, são na verdade criaturas bastante pacificas. Eles tem até 97,7% dos mesmos genes. E os mais parecidos connosco, geneticamente, chimpanzés e bonobos. Enquanto que os primeiros são seres algo violentos, os bonobos, são por natureza despreocupados e fazem do sexo o elo de ligação entre clas. Conseguindo desta forma uma Paz entre eles. Compartilhamos com estas criaturas 98,4% do nosso material genético.
As principais razões que fizeram de nós uma espécie dominante, não só pela nossa inteligência mas também porque nos tornámos super predadores, foram o encolhimento da madíbula que permitiu uma expansão cerebral, uma postura e erecta que permitiu a libertação dos membros dianteiros por que sua vez permitiu o ajustamento do pulgar. Os primatas passaram por um processo de adaptação que começou sem Paleoceno. Muitos deles, linhas criaram linhas evolutivas que podem ter dado origem aos seres humanos. O Tchadesis Sahelanthropus, viveu à cerca de 7 milhões de anos. Ao Possuir caracteristicas bastante parecidas com os símios e uma dentição muito aproximada com os hominídeos mais recentes, o tchadesis Sahelanthropus pode ser o elo perdido entre nós e os macacos. Possuíam um volume encefálico com pouco mais de 300 cm3. O Tugenesis orrorin apareceu 1 milhão de anos depois. São escassos os fósseis destes individuos mas há quem especule que estes seres tinham já uma forte tendência para o bipedismo.
Seguiu-se o Ardipithecus ramidus. São igualmente raros os vestígios fossilizados deste nosso antepassado. Sabe-se contudo que ele tinha uma postura mais erecta mas tal como o chimpanzé, ainda se deslocava sobre os quatro membros. Pensa-se que esta espécie, andou pelo nosso planeta há cerca de 5 milhões e meio de anos atrás. Cerca de 1 milhão de anos mais tarde apareceu o Ardipithecus ramidus. Possuía uma caixa craniana de cerca de 400 cm3. Julga-se que fosse bípede, embora ainda com uma postura muito curvada. Também é de destacar o formato dos dentes caninos destes individuos que eram bastante parecidos com os nossos. Mas obviamente, os caninos do Ardipithecus ramidus eram um pouco mais avantajados. Há 4 milhões de anos apareceu o Australopithecus anamensis. Os fósseis encontrados revelam que este é o mais antigo do seu genero, até hoje encontrado. Não havia grande diferença no volume cerebral quando comparado com os seus percurssores. Eram completamente bípedes e possuíam uma postura bem mais erecta que os primeiros hominídeos. É muito provável que este hominídeo seja descendente directo do Ardipithecus ramidus.
Meio milhão de anos depois apareceram o Australopithecus afarensis e o Platyops kenyathropus. Os seus cérebros tinham um volume de 500 cm3. Na realidade é um pouco mais que os actuais chimpanzés. A sua altura não passava do metro e meio. Notava-se nestas criaturas uma postura muito mais erecta.
Na sequência dos australopitecos aparece o Australopithecus africanus. Pensou-se, durante muitos anos que seriam estes os nossos antepassados que fizeram uma ponte entre Homem e macaco. Tudo isto antes de se descobrir os fósseis dos hominídeos acima descritos. Tal como o nome indica, este hominídeo nosso ancestral, viveu em África há cerca de 3 milhões de anos atrás. Possuiam ainda maxilares muito salientes, embora fosse uma dentição composta por três tipos de dentes, tal como, na dentição humana. O Australopithecus africanus era parcialmente desprovido de pêlo. Em consequência disso, o pigmento de tom escuro, a melanina, apareceu nestes seres em quantidade suficiente, o que permitiu suportar o calor da África equatorial.
Durante quase um milhão de anos existiu o Australopithecus garhi. Palentólogos e antropólogos, acreditaram que tinham descoberto uma ligação entre dois gêneros, Australopithecus e Homo. Só que ainda existem poucas provas científicas, capazes de demonstrar essa ligação. Embora tivessem uma massa encefálica que pouco ou nada evoluiu, quando comparado com os seus antecessores recentes, o garhi já era capaz de utilizar ferramentas em pedra.
Do pouco que temos certeza é que o género Australopithecus foram contemporâneos do género Paranthropus. Os dois eram géneros semelhantes mas nota-se uma ligeira diferença no volume de caixa craniana de ambos.
O Homo habilis viveu e evoluiu na parte sudoeste do continente africano, até há cerca de 1 milhão e 800 mil anos atrás. É o nosso ancestral mais antigo, dentro do género Homo, encontrado até hoje. Utilizava ferramentas produzidas com os mais variados materiais. Aprendeu a produzir e a dominar o fogo, fazendo deste a sua tecnologia de ponta e também a primeira arma de destruição em massa. Foi o primeiro a consumir carne e ao fazê-lo desenvolveu um instinto caçador, embora no princípio da sua existência fossem necrófagos. Com tantas descobertas e invenções por parte destes indivíduos não é de admirar que eles tenham sido os primeiros a colocar as três célebres questões: "Quem somos? De onde viémos? Para onde vamos?". O que é de admirar é que o Homo habilis não possuia uma postura completamente erecta e disponha apenas de 600cm3 de massa encefálica!
Seguidamente apareceram o Homo erectus e o Homo ergaster. Este último também denominado de Homo erectus ergaster. Ambos co-habitaram na Terra há 1 milhão e meio de anos atrás. Possuíam cérebros significamente maiores, com aproximadamente 1.000 cm3. Utilizavam ferramentas melhor elaboradas . E utilizavam o fogo para cozinhar. Para além de serem os primeiros uma saírem do continente africano, colonizando o europeu e asiático.
Há cerca de 1 milhão de anos o Homo heidelbergensis terá sido o primeiro hominídeo a conseguir falar. Possuía um cérebro com volume de 1350 cm3. É muito provável que se ainda hoje, o heidelbergensis, estivesse presente entre nós, também gostasse de jogar PlayStation ou de viajar pela net, entre outras coisas mais. Este hominídeo vivia em sociedade, embora ainda de forma muito arcaica e tinha rituais culturais e religiosos. Eram criaturas robustas e altas, talvez um pouco menos que o Homo neantderthalensis.
A partir daqui houve duas ramificações novas. Uma deu origem ao Homem de Neandertal, a outra criou o Homo sapiens. O primeiro extinguiu-se à cerca de 30 mil anos. A hipótese mais plausível, para o sucedido como foram condições climáticas que mudaram bruscamente. E assim o sistema imunitário não estava preparado para enfrentar novos parasitas e vírusque encontraram no aquecimento um ambiente satisfatório. Pensava-se que nós eramos os seus descendentes directos. Mas devido a recente descoberta do mapa do genoma humano, essa teoria foi completamente posta de parte. Esta confirmação foi apresentada através das análises ao efectuadas ao YD mitocondrial e cromossomal Y e que prova que geneticamente ambas as espécies não eram compativeis. O Homo neanderthalensis tinha um cérebro que rondava os 1600 cm3.
O Homo sapiens apareceu há 200 mil anos. O volume cerebral pouco passava do Homem de Neandertal. Foi a única espécie a sobreviver e a expandir-se por todo o planeta, dando origem à subespécie Homo sapiens sapiens. Quem sabe, se nós também, não nos expandiremos pelo Universo. Isto se não andarmos todos à porrada e nos destruirmos a nós mesmos ... Pelo menos temos a obrigação e o dever, de continuar à procura de novos mundos, pois o nosso cérebro tem mais de 2000 cm3 de volume ... E seria uma perda de tempo e neurónios se utilizarmos esta poderosa máquina na satisfação do nosso ego mesquinho!

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Bem Vindos à Inauguração do Meu Blog! http://www.youtube.com/watch?v=N_eLKCWenSI

Aos meus amigos, aos amigos dos meus amigos, e aos amigos dos amigos dos meus amigos, saúdo-vos a todos sem excepção! Não criei este blog a pensar em dar-vos respostas, mas sim, lançar-vos dúvidas. Por isso não quero que à partida, acreditem em tudo que seja postado por mim. Duvidem e partam em busca de respostas. Aqui serão postadas mensagens e vídeos sobre a evolução humana, consequentemente, sobre o Universo e inevitavelmente sobre Deus! Mas hoje, apenas faremos uma pequena viagem pela nossa "cidade": a Via Láctea... Espero que gostem, e desfrutem desta viagem! Até ao próximo Domingo, à mesma hora, fiquem bem e sonhem com as estrelas!

sábado, 30 de janeiro de 2010

VIA LÁCTEA

UM PEQUENO PASSEIO PELA NOSSA CIDADE... A VIA LÁCTEA!
Vista da Terra, a Via Láctea é apenas uma pequena nuvem de poeira que se espalha pelo céu nocturno. Esta faixa de luz, é uma pequena parte da nossa "cidade". Quando observamos a nossa galáxia, a olho nú, a partir do nosso planeta, vemo-la de lado. E apenas vemos, parte de um braço espiralado. Vista de cima, a Via Láctea assume a forma de um disco com braços em espiral.
Calcula-se que só nesta galáxia possam existir até 400 biliões de estrelas. O nosso Sol, é apenas mais um nesta vasta família. A sua localização fica a 2/3 do centro galáctico. A nossa estrela efectua uma órbita completa a cada 225 milhões de anos. A uma velocidade de 250 km/s.
Tal como numa cidade, é no centro que a Via Láctea brilha mais, encoberto por gases e poeiras fervilhando em energia. Nós estamos a 30 mil anos luz desse centro e temos uma estrela comum, conhecida como estrela de meia idade, com tamanho médio que queima lentamente o seu stock de hidrogénio e o transforma em hélio, através da chamada fusão termonuclear.
Para termos uma ideia de distância, a luz reflectida pelo Sol, demora cerca de 8 minutos a chegar ao nosso planeta. A luz da estrela mais próxima da nossa a Próxima Centauro, leva 4 anos e 3 meses a chegar até nós (4,25 anos luz). O diâmetro da Via Láctea é de 100 mil anos luz e a sua espessura média é de 20 a 30 anos luz. E por sua vez a galáxia mais perto da nossa (Andrómeda) fica a cerca de 2 milhões e 900 mil anos luz.
Se entrássemos pelo Espaço a dentro, a uma velocidade astronomicamente, superior à da luz, veríamos que a constelação de Orion perderia a sua forma inicial, pois as suas estrelas estão separadas por algumas centenas de anos luz. E esta constelação é só para dar um exemplo, pois passar-se-ia o mesmo com qualquer outra. Embora a distância das estrelas, varie, de constelação para constelação. As Plêiades estão a 380 anos luz mas na imensidão da nossa "cidade" (Via Láctea) ainda estamos perto do nosso "bairro" (Sistema Solar). Estas estrelas são tão jovens que ainda estão envoltas nos seus casulos, compostos por gás e poeira.
Mais perto ainda, estão as Yeides. Igualmente jovens mas, mais fracas e antigas. Elas distam de nós 150 anos luz. Vista da Terra, sem qualquer meio adicional, a Alfa Barram, parece fazer parte deste grupo de estrelas. Mas na realidade, esta gigante laranja, está a menos de metade da distância, em relação, às restantes estrelas que fazem parte desta constelação.
Sírio, a estrela mais brilhante, no céu nocturno, está a 9 anos luz. Ela faz parte da Cão Maior.
Duas mil vezes mais fraca que o Sol, temos uma anã vermelha que será o nosso companheiro galáctico daqui a 10 mil anos. O seu nome é Barnã.
Localizados na nebulosa da Águia, estão os Pilares da Criação, a 7 mil anos luz de nós. Foram observados pela primeira vez, em 1995 pelo telescópio espacial Hubble. Como o nome sugere, este local é o berçário das estrelas, é aqui que elas nascem. Os Pilares da Criação são nebulosas de emissão. Nuvens com centenas de anos luz de altura que são feitas de hidrogénio luminoso com veios de poeira escura. As estrelas começam a formar-se onde haja maior concentração de matéria. Apesar de ser uma das mais belas imagens que temos de uma parte do Universo e da nossa galáxia, o nascimento das estrelas é algo extremamente violento.
Paradoxalmente, estrelas maiores e maciças, com mais combustível para gastar, duram menos tempo que estrelas menores e com menos combustível. Estrelas como a nossa podem queimar o hidrogénio por uns longos 10 biliões de anos. Depois disso, o Sol ainda tem um longo caminho a percorrer, até morrer. Contudo, o seu processo de envelhecimento começará a notar-se, a partir daqui. Ao contrário, as estrelas maiores devoram ferozmente todo o seu hidrogénio, transformando-se numa super gigante vermelha, aumentando em centenas de vezes o seu tamanho original. Um bom exemplo é Antares. Esta estrela é tão grande e difusa que se esvai no Espaço. Envolta numa nuvem da sua própria matéria, provoca uma nebulosa de reflexão. Este tipo de estrela, muito mais volumosa que o Sol, dilata-se, à medida que o seu hidrogénio se esgota. Passam a consumir hélio e outros elementos e continuam sempre a crescer mas vão perdendo o equilíbrio, até que um dia, a mesma força que a criou, irá destruí-la.
A 700 anos luz da terra, está a nebulosa Hélix. A anã branca que está no seu centro, absorve energia e matéria de uma outra estrela próxima. Quando a matéria absorvida atinge uma massa crítica ela explode. Ambas as estrelas sobrevivem. E o processo repete-se. A nebulosa Hélix encontra-se na constelação do Aquário.
Nos arredores da Caranguejo, sobrevive um pulsar. Ele cintila duas vezes por cada segundo. Esta estranha e rara forma cósmica é uma relíquia extremamente densa que tem à sua volta um disco de gases estelares com jactos polares.
As elegantes nuvens do Lago do Cisne são outro vestígio de supernova. Para provocar tal evento, uma estrela necessita, oito vezes mais massa doque o Sol. Só as super estrelas chegam a supernovas.
Com cem vezes a massa da nossa estrela, a Etna Carinae, pode ser a próxima a explodir. Quando isso acontecer, o núcleo sofrerá um colapso para lá da fase do pulsar. Será tão denso que formará um buraco negro. E nada escapará ao seu terrível campo gravictacional. Nem mesmo, a própria luz.
A Via Láctea faz parte do grupo local. É uma galáxia semelhante a tantas outras espalhadas pelo Universo, onde o nascimento, a Vida e a morte de estrelas, foram os factores essenciais da nossa própria existência!

domingo, 24 de janeiro de 2010

5 BILIÕES DE ANOS DE EVOLUÇÃO MOLECULAR

Quem Somos? De Onde Viémos? Para onde Vamos?
Desde que nos conhecemos como espécie pensante que colocamos a nós mesmos, estas três questões fundamentais. E elas são colocadas tanto ao nível individual e pessoal, como ao nível do mesmo individuo, fazendo parte de um todo. Nós viémos das estrelas e voltaremos, um dia, para as estrelas! Tudo isto pode parecer muito subjectivo, mas se pegarmos na tabela periódica, onde estão os elementos que compõem a química do nosso planeta chegamos à conclusão que tudo veio das estrelas, e não necessariamente do Sol mas sim de estrelas que já morreram e que através das suas explosões, as chamadas supernovas, fizeram com que a sua matéria, se espalhasse pelo Cosmos. Essa matéria, em forma de cometas, colidiu por sua vez, com outros astros que por sua vez permitiu a existência de ambientes satisfatórios para haver Vida. Por isso eu digo que a mais insgnficante pedra, até o mais sofisticado dos computadores, estão hoje presentes no nosso planeta graças às estrelas.
É certo e sabido que a Vida na Terra depende também de outros factores, tais como, a sua distância em relação ao Sol, a existência de água em estado líquido, a atmosfera que não é demasiado pesada, nem demasiado leve, o período de rotação do planeta, o seu forte campo magnético, a presença da Lua que faz com que a Terra gire em volta de si mesma sem grandes deambulações... Tudo isto combinado com a estrutura geral do sistema Solar onde todos os astros permitem, neste momento, a existência de uma biologia que permite por sua vez a existência de Vida inteligente! E como apareceu a Vida na terra? Será que foi ao nível bacteorológico? Ao nível celular? Não! A Vida neste planeta apareceu a um nível, bem mais pequeno e simples, ao nível molecular...
Sabemos hoje, através de registos fósseis, que a Vida na Terra começou logo após a condensação dos seus gases estelares. Vida essa que apareceu nas águas das crateras que formaram os primeiros lagos. Nesses primitivos dias, os raios de sol penetravam na atmosfera e decompunham moléculas ricas em hidrogénio. Os fragmentos dessas moléculas recombinavam-se noutras ainda mais complexas.
O resultado, dessa química inicial foi dissolvido nesses lagos acima mencionados, formando uma sopa orgânica que há medida que o tempo avançava, tornou-se cada vez mais complexa. Até que um dia houve uma molécula que conseguiu produzir cópias imperfeitas de si mesma. O ancestral ADN que eu acredito que tenha dado origem a todos os seres vivos da Terra.
Há aproximadamente 4,5 biliões de anos, essa molécula competia pelos blocos de construção molecular, onde depositavam as tais cópias imperfeitas. Ainda não havia presa nem predador, ou parasita e hospedeiro mas pode-se dizer que já havia Vida!
Com a reprodução, mutação e selecção natural, a evolução para moléculas vivas foi inevitável. E assim várias moléculas com o mesmo tipo de função juntaram-se e deram origem à primeira célula.
Com o tempo a sopa orgânica extinguiu-se a si mesma dando lugar a plantas unicelulares que já podiam absorver a luz ultra violeta para fazerem os seus próprios blocos. A partir daqui, vários seres unicelulares juntaram-se e formaram o primeiro ser multicelular. Os micróbios são desse tempo. Estes seres já não conseguiam fazer cópias imperfeitas de si mesmo, e como tal, desenvolveram um instinto reprodutor e inventaram o sexo.
Por esta altura já havia uma quantidade de plantas que deixaram as águas verdes. E essas plantas libertaram para atmosfera grandes quantidades de oxigénio e nitrogénio (azoto). Desta forma estavam reunidas as condições para haver uma enorme proliferação de animais e plantas, tanto na terra como na água. Deu-se a Explosão Cambriana.
Desde a condensação de gases até este evento, passaram-se 4 biliões de anos. E durante todo este tempo, a Vida na Terra não foi além de algas que flutuavam na água. O que me leva a pensar que neste Universo pode haver as mais variadas formas de Vida, mais ou menos complexas e em constante evolução mas que mesmo assim, a evolução para a inteligência será comparativamente rara.
Com a explosão cambriana, os seres vivos para além de se terem de adaptar ao meio ambiente, também tiveram de se adaptar nesse mesmo habitat, com outros seres.
Estranhas e bizarras formas de Vida apareceram nos oceanos, juntamente, com os trilobites, anelídeos, moluscos, equinodermos e outras espécies existentes hoje em dia.
Os cientistas ainda não sabem classificar várias espécies desse tempo. Um bom exemplo disso é a Hallucigenia. Esta criatura possuia sete pares de espinhos numa face e sete tentáculos terminando em vigorosas pinças na outra. Com um prolongamento em forma de tubo numa extremidade e uma forma mais espessa na outra. Para além dos cientistas não conseguirem classificar este ser, não conseguem saber qual é a parte de trás e da frente e a parte de cima e debaixo. Estima-se que 85% das espécies foram extintas ainda durante este periodo. As restantes conseguiram adaptar-se às condições existentes e prosseguiram o seu processo evolucionário. E uma parte desse ramo foi o nosso ancestral que deu origem aos seres humanos.
As plantas levaram centenas de milhões de anos de evolução para conseguirem absorver o dióxido de carbono e libertarem o oxigénio e também produzirem o seu próprio alimento, através da fotossíntese. Mas nós não evoluímos a partir deste ramo. O ADN também deu origem ao reino animal. Os primeiros seres a fazerem parte dele foram as bactérias. Só que estas, levaram mais de 1 bilião de anos para conseguirem absorver o oxigénio que era expelido pelas plantas.
De um núcleo , formou-se uma célula com núcleo dentro da mesma. Algumas formas dessa Vida deram, finalmente, origem às primeiras plantas. Outras produziram colónias com células exteriores e interiores. Realizando operações diferentes. Estes seres viveram presos ao fundo do mar e filtravam a sua comida. Desenvolveram mais tarde, tentáculos que permitiam dirigir a comida na direcção de uma boca muito primitiva. Estes nossos ancestrais também desenvolveram peles espinhosas, e alguns deles já possuiam orgãos internos.
Há 550 milhões de anos, alguns desses seres, filtradores de alimento, desenvolveram fendas branquiais que deram a possibilidade, de absorver os alimentos da água em melhores condições. E mais tarde deram origem a seres que conseguiam nadar, ainda que fosse apenas, na sua fase larvar. Quando adultos fixavam-se firmemente pelo leito oceânico. Alguns desses seres tinham uma forma cilíndrica e oca. Outros não saíram da sua fase larvar mas continuaram a evoluir por um outro ramo. Desenvolveram uma pequena cauda e tornaram-se exímios nadadores, com vestígios de uma espinha dorsal.
Há 500 milhões de anos os peixes desenvolveram olhos, maxilares e guelras. E com estas já podiam absorver o oxigénio da água. Estavam criados os peixes contemporâneos.
Pelas mais variadas razões mas sendo a seca a principal, certos peixes sentiram necessidade de desenvolver um orgão que permitisse respirar fora de água. E não só desenvolveram pulmões, como também, membros que lhes permitiam andar em terra firme. E os seus cérebros iam ficando maiores.
Os primeiros anfíbios ainda possuiam cauda de peixe. Os seres desse tempo e os de hoje, desovavam na água. Sendo estes ovos presas fáceis. Com o tempo, estas criaturas conseguiram por ovos de casca dura em terra firme. A tartarugas e os primeiros répteis são desses dias.
Muitos desses répteis, nascidos em terra nunca mais voltaram a água. Alguns deles deram origem aos dinossauros. Estes seres, viveram e prosperaram durante 225 milhões de anos. No entanto, há 65 milhões de anos desapareceram subitamente da fase deste planeta, restando apenas, um pequeno braço evolucionário que deu origem às aves.
Entretanto, os percursores dos dinossauros também evoluiram em diferentes ramificações. Seres vivos pequenos e ágeis que desenvolviam os seus fectos dentro do próprio ventre materno. As crias, nasciam muito frágeis e eram bastante imaturas quando comparadas com os répteis. Tal como hoje, os marsopiais e mamíferos tiveram de aprender a sobreviver desde a infância. E de geração em geração, foram acumulando experiências, ficando cada vez mais inteligentes à medida que o seus cérebros iam ficando maiores.
Dentro da classe dos mamíferos, houve uma espécie que desenvolveu uma visão estereoscópica, um cérebro maior, e uma enorme destreza. Para além de uma enorme curiosidade pelo meio circundante. E dentro dessa espécie, alguns deles tornaram-se babuínos. Mas nós não pertencemos a esta linhagem.
Osso por osso, músculo por músculo, molécula por molécula, não há diferença significativa, entre seres humanos e macacos. Por isso é muito provável que haja um ancestral comum. E recente. Esse nosso antepassado, foi deixando aos poucos de andar sobre as quatro patas. Lentamente começaram a deslocar-se só com os membros posteriores. Libertando assim os membros dianteiros para outras funções. E o ajustamento do pulgar foi uma importante adaptação para a evolução da espécie humana.
Ficámos mais inteligentes e foram desenvolvidas as cordas vocais. Com estas começámos a falar. E isto permitiu que a comunicação fosse realizada em melhores condições.
Várias espécies da própria família humana extinguiram-se, nos últimos milhões de anos. Nós com os nossos cérebros e as nossas mãos permanecemos. Somos hoje, sem dúvida alguma, a espécie dominante no nosso planeta. Mas isso, não devia de ser para nós um motivo de orgulho, mas sim de responsabilidade acrescida. Pois o mesmo ramo que nos deu origem está agora, a influenciar todos os outros ramos nesta árvore com cerca de 5 biliões de anos...

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